segunda-feira, 16 de maio de 2016

Estudo mostra que região Nordeste terá volume de chuvas acima da média


"O sertanejo é antes de tudo, um forte”, esse trecho do poema ‘Os Sertões’ de Euclides da Cunha é citado por muitos para retratar a luta do sertanejo e também do povo nordestino contra a seca que sempre castigou a região por décadas. Mas, essa realidade está com os dias contados, segundo os especialistas. Conforme estudos realizados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), a previsão é que chuvas torrenciais trarão um volume de água tão grande, a ponto de modificar a geografia nordestina, eliminando espécies e fazendo surgir novas fauna e flora. Esse desastre ambiental iminente será causado pela própria ação do homem, por intermédio da emissão de gases do efeito estufa em atlas concentrações que vão provocar o desequilíbrio do clima no planeta. O resultado dessa ação é que as correntes marinhas irão reduzir em até 44% sua intensidade, provocando um superaquecimento das águas do Atlântico, nas proximidades da região Nordeste, produzindo maior evaporação e formação de chuvas em excesso. O professor de Ciências da USP, Cristiano Chiessi, coordenador da pesquisa que estuda os efeitos da redução das correntes marinhas falou detalhes sobre essa situação preocupante. “O aquecimento global vai arrefecer as correntes marinhas de duas formas. Uma delas é intensificando as chuvas nas altas latitudes do Atlântico Norte, onde as águas precisam ser mais densas para afundar e retornar ao Sul, realimentando as correntes. Se chove muito, reduz a salinidade da água e consequentemente sua densidade, dificultado o afundamento. A outra forma é derretendo as calotas de gelo sobre a Groenlândia, liberando água doce e também reduzindo a salinidade da água, exatamente nos sítios de formação das águas profundas, onde as correntes marinhas fazem o retorno”, explicou.

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